Paul Feyerabend: Um anarquista na ciência
Depois da guerra, Paul teve uma dupla carreira de físico e de homem de teatro em Veimar e depois Viena. Depois de ter recusado ser assistente de Bertolt Brecht ( “o mais grave erro da minha vida” diz ele hoje) orientou-se para a filosofia das ciências.
Apaixonado e provocador, este defensor de um saber libertário- grau zero de metodologia pluralista- insurge-se contra o dogmatismo dissimulado dos epistemólogos clássicos, “estes funcionários do pensamento”, e renova, com uma saudável veemência e um humor dadaísta, o debate sobre o mito da razão. Afirma: “ Pareceu-me indispensável defender a epistemologia anarquista em face do racionalismo crítico.